A sexualidade é uma parte importante da saúde física e psicológica, que deve ser abordada por profissionais da saúde de maneira séria e livre de preconceitos. Como salienta a Dra. Fernanda Schultz, médica com experiência em saúde mental, transtornos sexuais podem prejudicar a saúde de maneira geral, associando-se a outros transtornos físicos e psicológicos, como estresse, ansiedade, depressão e problemas de autoestima.
Dentre os transtornos sexuais mais comuns, podemos citar o transtorno de interesse ou excitação sexual, caracterizado pela redução ou ausência do desejo sexual, seja este subjetivo ou físico. A redução do interesse subjetivo tem a ver com a ausência de excitação após estimulação genital ou não genital, em situações de interação afetiva. Pode haver resposta genital sem que haja excitação subjetiva, manifestada pelo desejo de se relacionar sexualmente. Já a redução da resposta genital, manifestada por exemplo através da lubrificação vaginal ou ereção peniana, pode ocorrer mesmo quando houver excitação subjetiva.
A relação das pessoas com sua sexualidade pode ser impactada por diversos fatores, sejam eles psicológicos, sociais ou físicos. Cabe à médica produzir uma avaliação integrativa, tratando possíveis alterações hormonais ou fisiológicas e incentivando o autoconhecimento e a descoberta crítica dos fatores contextuais que podem estar envolvidos nos transtornos sexuais.