Aparecendo na infância e com frequência acompanhando a pessoa ao longo de sua vida, o TDAH também conhecido como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) é um transtorno neurobiológico, que causa mudanças na região frontal do cérebro, alterando, por isso, a conexão entre suas funções e o restante do corpo, levando a dificuldades relacionadas à atenção, memória, organização e planejamento. Os principais sintomas, isolados ou combinados, são desatenção, inquietude e impulsividade. 

A Dra. Fernanda Schultz, com experiência em saúde mental integrativa, nota que o TDAH se desenvolve por predisposição genética, sendo, no entanto, multifatorial, como a maioria dos transtornos de comportamento. Ou seja, à interação dos genes entre si, somam-se as influências ambientais. 

O diagnóstico deste transtorno é clínico, feito por uma médica especialista, por meio de longa, aprofundada e cuidadosa anamnese, prescindindo-se de exames físicos e, apenas em casos excepcionais, sendo necessária uma avaliação neuropsicológica.

Como explica a Dra. Fernanda, é a partir dessa anamnese, conhecendo o estilo de vida da/o/e paciente, que a médica vai propor o tratamento, apresentando medidas adequadas para minimizar os efeitos da condição e superar suas limitações diárias. Entre essas medidas, podemos citar a prática regular de exercícios físicos; a higiene do sono; a alimentação saudável; a utilização de agendas e listas para a organização das atividades; jogos que exercitam o foco, a cognição e a memória; e uma organização de atividades que possibilite a finalização do que se iniciou.