O transtorno afetivo bipolar é uma condição caracterizada por episódios de mania e depressão alternados. Como explica a Dra. Fernanda Schultz, médica com experiência no tratamento de transtornos psiquiátricos e emocionais, não é possível determinar com precisão a causa de tal condição, ainda que existam evidências de que fatores genéticos, modificações nos níveis de neurotransmissores e fatores psicossociais impactam no desenvolvimento da doença.
A mania, como descreve a Dra. Fernanda, é um estado de humor persistentemente elevado, que pode se manifestar com características expansivas, irritáveis e aumento da percepção de energia. Alguns sinais da mania são a diminuição da necessidade de sono, pensamentos acelerados, posturas autoritárias e acríticas, distração e sentimento de grandiosidade. Também é de se notar uma maior facilidade para se envolver em atividades arriscadas e dispendiosas, como investimentos financeiros, jogos e atividade sexual promíscua. Em casos mais graves, a pessoa pode se desvincular das atividades antes consideradas importantes, como trabalho, família e cuidados com sua saúde. Cabe notar, ainda, que estados maníacos não tratados podem levar a episódios psicóticos.
Já os episódios depressivos podem ser confundidos com os sintomas de outra condição, chamada depressão maior. São características deste estado o humor deprimido, a diminuição do interesse em atividades prazerosas, problemas com sono, energia reduzida, pensamentos negativos e melancólicos. É bastante comum pessoas em estados depressivos experimentarem alterações no apetite, que podem levar a perda ou ganho significativo de peso. Além disso, em casos mais graves, tendências relacionadas a suicídio demandarão atenção urgente e cautelosa.
O tratamento, assim como o de qualquer condição de saúde mental, pela perspectiva da medicina integrativa, deve ser realizado de maneira holística: levando em conta o estilo de vida e o contexto em que cada pessoa vive. Podem ser utilizados fármacos e a pessoa pode ser orientada para transformações atitudinais, construídas através de uma escuta clínica consistente.