Os transtornos do espectro autista (TEA) referem-se a uma série de condições, resultantes de distúrbios do neurodesenvolvimento (em geral por causas desconhecidas) e caracterizadas pelo comprometimento (em variados níveis) da linguagem, da comunicação e da interação social, desenvolvimento intelectual irregular, além da repetição de atividades. A Dra. Fernanda Schultz nota que o TEA começa na infância na maioria dos casos aparecendo durante os cinco primeiros anos de vida e geralmente se prolonga pela idade adulta. Além disso, ela observa que pessoas afetadas por esse transtorno com frequência manifestam outras condições, como TDAH, ansiedade e depressão.

O diagnóstico dos transtornos do espectro autista é clínico, baseado em evidências de comprometimento da interação e comunicação social, além da presença de comportamentos ou interesses repetitivos e restritos. 

O tratamento é multidisciplinar, podendo envolver análise comportamental aplicada, fonoterapia, terapia física e ocupacional e terapia medicamentosa. Tem-se observado benefícios resultantes de abordagens baseadas no comportamento, que estimulam a interação e a comunicação. Além disso, a Dra. Fernanda destaca a importância de ações mais amplas e coletivas, no sentido de tornar acessíveis e inclusivos ambientes físicos e sociais.